Portugal visto daqui - parte 2: A cigarra e a formiga

segunda-feira, 16 de maio de 2011
Não consigo deixar de pensar como esta inevitabilidade natural, esta crueza com que as estações se sucedem aqui, sem que possamos fazer nada por isso ou contra isso, tem um papel fundamental na determinação da mentalidade e na organização da sociedade dinamarquesa. É, com toda a propriedade, certo como o Sol, que a cada Primavera e Verão, durante os quais vivemos enlevados num clima ameno, em dias longos, rodeados de flores, árvores, pássaros e tudo maravilhoso e alegre, é certo dizia, que a cada Primavera e Verão se sucede um Outono e Inverno. E por isso nada pode ficar-se pelas boas intenções, pelos planos ou pelas palavras, porque nem as boas intenções, nem os planos, nem as palavras aquecem ou providenciam alimento e abrigo quando a Natureza é dura. É por isso que os dinamarqueses gastam pouco tempo a desconversar e mais a fazer. É por isso que não esbanjam os seus recursos. É por isso que são cumpridores e exigem aos outros que o sejam também. Trata-se afinal da fábula da cigarra e da formiga, vivida e não apenas contada. E é por isso que nesta (não) fábula, os dinamarqueses são as formigas, que vêem no sul da Europa um ninho de cigarras

O site da DR Update, o equivalente a uma RTP - notícias daqui,
dava conta do pedido de ajuda de Portugal à União Europeia

1 comentário:

Anónimo disse...

Desculpa mas não posso concordar que a incompetência generalizada do atendimento ao público na Dinamarca seja comparado ao trabalho árduo e organizado das formigas :(

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